top of page

Sobre mim

Meu nome é Giovanna e tenho 21 anos. Sou formada técnica em mecânica pelo Instituto Federal de São Paulo e atualmente curso Bacharel em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC, junto com Neurociência e Engenharia Biomédica. 

Receba em primeira mão!

Obrigada por se inscrever

Women’s Equality Day: As Treinadoras em 2021/2022

  • Writer: Giovanna Sociarelli
    Giovanna Sociarelli
  • Aug 26, 2021
  • 5 min read

O Congresso Estadunidense oficializou, em 1973, a criação do “Dia da Igualdade da Mulher”, utilizando o 26 de agosto por ser a data em que a 19ª Emenda à Constituição (1920) garantiu o direito da mulher ao voto. Essa é uma conquista de inúmeros protestos pacíficos desde 1848, ano em que ocorreu a 1ª Convenção pelos Direitos Femininos em Nova Iorque. Atualmente, a data não é usada como uma simples comemoração, mas sim como um momento de reflexão e luta para que a igualdade de gênero seja total.

No caso da NFL, as mulheres vão construindo aos poucos uma história por seu espaço, abrindo também oportunidade para novas meninas sonharem com isso. A temporada de 2021/2022 será histórica nesse quesito: após a contratação de Maia Chaka, primeira árbitra negra, as franquias terão, somadas, 12 treinadoras, superando o recorde do ano passado (8). Anos atrás, algo assim pareceria um sonho, mas é fruto de um trabalho importantíssimo, que passa pelas mãos de Sam Rapoport, Diretora Sênior de Diversidade, Igualdade e Inclusão na NFL.

Fonte: Tampa Bay Buccaneers
“Se você olhasse para treinadoras, scouts e oficiais mulheres, havia basicamente zero. Agora, quando você olha para o panorama da NFL essa temporada, nós temos 12 treinadoras e mais de 12 scouts. Nós temos 2 mulheres no front office e 2 presidentes. Nós temos mulheres em quase todos os níveis, exceto Head Coach e GM, o que virá logo” disse Sam Rapoport em entrevista à CNBC.

Rapoport comanda o Women’s Careers in Football Forum (WCFF), um evento de dois dias – que começou em 2017 – organizado durante o combine da NFL, o qual inclui palestras e rodas de conversa com os treinadores e executivos da liga. É por conta dele que hoje vemos a presença feminina crescendo a cada ano, no entanto, somente 21 times já as contrataram (Cardinals, Falcons, Ravens, Bills, Panthers, Bears, Browns, Lions, Colts, Chiefs, Chargers, Rams, Dolphins, Vikings, Giants, Jets, Eagles, Steelers, 49ers, Buccaneers e Washington), sendo que em apenas 16 elas foram/são treinadoras, o que mostra que ainda há muito a ser alcançado.

Vale ressaltar que 40 mulheres são chamadas para este evento por ano, sendo selecionadas através do LinkedIn ou convidadas com base em seus trabalhos em universidades. A participação dos times é opcional, mas 31 deles já estiveram presentes. Rapoport, inclusive, destaca ele como virou algo importante, pois há uma grande procura para acrescentar mulheres ao staff, algo perceptível com a contribuição de Ron Rivera (WAS), Kevin Stefanski (CLE) e Bruce Arians (TB).


As 12 Treinadoras

Sarah Hogan, Assistant Director of Coaching Staff – Atlanta Falcons

Fonte: Atlanta Falcons

Essa será a 5ª temporada de Sarah como membro do Atlanta Falcons, que foi contratada em maio de 2015 pelo ex HC Dan Quinn. Cresceu em uma família que amava futebol americano, inclusive alega nunca ter tido escolha, o pai dela a fazia ajudar os treinadores da faculdade durante o verão. Foi assim que ela soube que gostaria de trabalhar com futebol americano, só não sabia muito bem como ainda. Inclusive essa entrevista do Manny Matsakis com ela é FANTÁSTICA, recomendo para quem tiver um tempo e provavelmente um assunto que abordarei de novo no futuro!


Natalia Dorantes, Coordinator of Football Programs – Washington Football

Fonte: Washington Football Team

Natalia Dorantes foi contratada esse ano pelo Washington Football Team, tornando-se a primeira latina (mexicana) a ser treinadora na liga. Anteriormente, trabalhou internamente no social media do Arizona Cardinals e Arizona State University, além de sua passagem na Texas A&M como coordenadora de recrutamento e comunicação.

Em sua entrevista com Ron Rivera, a primeira coisa que ela fez questão de dizer é que tem muito orgulho de ser latina. Os dois parecem ter encontrado uma boa sintonia de dupla de trabalho, pois seu cargo, como o próprio Rivera fez questão de dizer, requer organização e confiança, acreditando que ela é a pessoa perfeita para interagir com os demais treinadores e coordenadores, muito por conta de sua sinceridade.


Katy Meassick, Director of Performance Nutrition – Cleveland Browns

Fonte: Cleveland Browns

Nos últimos anos, sob o comando de Kevin Stefanski, o Cleveland Browns luta para mudar a cara da franquia, contratando mais mulheres tanto como treinadoras quando para o staff [mas eu não vou esquecer que vocês contrataram o Karrem Hunt, ok?]. Katy sempre soube que queria trabalhar com futebol americano, mas acreditava que essa não era uma opção para ela. Hoje, ela assegura que os jogadores estejam se alimentando corretamente e mantendo-se saudáveis.

“Eu queria ser uma treinadora esportiva na NFL e por muito tempo me disseram ‘não, a sala de treinamento esportivo é conectada ao vestiário e isso não permite mulheres’, e eu meio que atirei no meu tiro [...] Você meio que abre caminho, continua a empurrar e realmente nunca desiste dessa aspiração porque você não sabe o que vai acontecer”, disse Katy em bate papo no training camp.

Ela ainda destaca que antigamente não havia vestiários femininos, ou seja, os treinos acabavam e ela não poderia nem sequer tomar banho ou trocar as roupas. No entanto, como hoje mais mulheres estão sendo contratadas, já existe um vestiário feminino, o que mostra uma mudança de cultura que vem se enraizando, não sendo apenas um ato superficial.


Emily Zaler, Player Performance Assistant – Denver Broncos

Fonte: Denver Broncos

Para tudo existe uma primeira vez, e foi exatamente o que aconteceu com o Denver Broncos no ano passado: Emily Zaler é a primeira treinadora da história da franquia. Antes de chegar à NFL, ela trabalhou na University of California San Diego (2018-2019) como assistente de condicionamento físico, atuando nos programas de basquete, futebol e softball. Posteriormente, ela chegou a ser assistente temporária de condicionamento físico no New York Knicks (NBA).

Apaixonada por esportes desde sempre, trabalhar no Denver Broncos é realizar um sonho, ainda mais que este era sua primeira opção de time. Em seu vídeo de submissão ao programa de verão, ela fala sobre querer trabalhar como treinadora, mas não só por ela, também como servir de inspiração para outras mulheres chegarem às sidelines. “Eu sei que depende de mim [e] de um punhado de outras mulheres liderar o caminho das mulheres para o futuro”. Emily Zaler


Megan McLaughlin, Director of Football Information – Baltimore Ravens

Fonte: Baltimore Ravens

Megan trabalha no Ravens há 17 anos, e foi promovida em 2020 para o cargo atual. Ela lida com as operações diárias do time, dá suporte ao coaching staff e atualiza os jogadores com as últimas informações do dia, incluindo os calendários e gameplans. Anteriormente, ela foi Administrative Assistant to Player Personal no Saints (1999-2001), seguido de Office Manager na Universidade da Florida (2002-2004).


Além delas, a lista ainda conta com Lori Locust e Maral Javadifar (Tampa Bay Buccaneers), Jennifer King (Washington Football Team) e Callie Brownson (Cleveland Browns), sobre as quais eu contei a história no texto “As Mulheres na NFL”. Não poderia me esquecer das três últimas: Elizabeth Mayers, Assistant to the Head Coach no Jacksonville Jaguars; Morgan Fleming, Executive Assistant no Carolina Panthers; e Robyn Wilkey, Executive Assitant to the Head Coach no Chicago Bears, sobre as quais não há informações nos sites das franquias.

Menção Honrosa

Catherine Raiche, Vice President of Football Operations – Philadelphia Eagles

Fonte: Philadelphia Eagles

Como o dia de hoje é um dia especial, não poderia deixar de falar dela: Catherine Raiche, que foi promovida em maio desse ano, ocupando o cargo mais alto de mulher na liga. Sua carreira começou em 2015 na Liga Canadense e, embora o futebol americano fosse o seu plano A, já estava pronta para o plano B: direito. Bom, hoje ela ocupa o cargo que era de Andrew Berry em 2019, o qual foi contratado como GM do Browns, então acredito que o plano A esteja funcionando bem. À poucos passos de tornar-se GM, Raiche já deixa o seu legado na história, tanto do time quanto da franquia.

“Você sabe, a cara da NFL está mudando, a aparência da NFL está mudando. E não há dúvidas de que não há como desacelerar este trem. O progresso continuará.” Sam Rapoport




Comments


Taynná

  • Twitter
  • Instagram

Giovanna

  • Twitter
  • Instagram
  • TikTok
bottom of page