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Sobre mim

Meu nome é Giovanna e tenho 21 anos. Sou formada técnica em mecânica pelo Instituto Federal de São Paulo e atualmente curso Bacharel em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC, junto com Neurociência e Engenharia Biomédica. 

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Writer's pictureGiovanna Sociarelli

Semana 1: Saints, King of My Heart

A única coisa previsível na NFL é que o Atlanta Falcons mantém sua incapacidade de ter uma defesa! Caso um alienígena tenha invadido a sua casa e abduzido o seu corpo, o New Orleans Saints atropelou o favorito Green Bay Packers no domingo. Na verdade, não sei sequer se atropelar é a palavra correta, mas deve ser o termo mais adequado para utilizar aqui. Confesso que uma parte de mim estava dizendo que ganharíamos esse jogo – pode auditar o meu whatsapp. É o tipo de narrativa perfeita para a vitória: após um furacão e jogando em Jacksonville como se fosse a nossa casa. No final das contas, sempre foi para NOLA e sempre será. Entretanto, mesmo o mais otimista dos torcedores da franquia jamais apostaria em 38x03, placar que talvez seja nosso número da sorte – ou dos adversários, né, Tampa?

Fonte: Getty Images

O fato é que estou aqui para conversar com você sobre o que aconteceu. Teriam as estrelas sequestrado Aaron Rodgers? Teria ele jogado mal de propósito? Foi o calor que abalou o desempenho dele? Seria aquele um sósia? Foi Shailene Woodley quem o atrapalhou? Bom, se você quer uma visão de um torcedor do Packers, veio ao lugar errado, eu quero falar do que o Saints fez para reduzir o atual MVP a pior quarterback da semana! Aproveito e emendo as expectativas para o jogo contra Carolina, no domingo.


Trincheiras – The Archer

Provavelmente você já ouviu que o futebol americano é decidido nas trincheiras; esse jogo é a prova mais pura disso. Tanto a linha ofensiva quanto a defensiva de New Orleans tiveram a tarde dos sonhos – por favor, não me acorde. Mas por que as trincheiras ganham jogos?


Primeiramente, Jameis Wisnton praticamente não foi pressionado, apenas 3 QBs hits e nenhum sack!! Cheguei a comentar no último texto o quanto a linha ofensiva tem talento, assim como disse que ela era de lua – não acho que estava errada. Como torcedora, sei bem que esse paraíso não vai durar muito e logo teremos um jogo terrível, mas hoje, não posso reclamar. Inclusive, Erik McCoy se lesionou no começo da partida, o que fez o segundanista Cesar Ruiz ser deslocado de guard para center – alguém avisa o Sean Payton que o menino joga muito melhor ali? Ryan Ramczyck e Terron Armstead dispensam apresentações e elogios, mas o milagre foi tão bizarro que até mesmo Andrus Peat teve um jogo bom.


Com uma atuação positiva desse setor, todo o ataque teve uma partida tranquila! Winston lançou 148 jardas e, pasmem, 5 touchdowns, conseguindo ainda correr quando a pressão chegou e tomando menos decisões precipitadas. Ademais, tanto Alvin Kamara (83 jardas) quanto Tony Jones Jr. (50) não tiveram dificuldades de passar pela defesa – boa atuação deste evidenciou o motivo da dispensa de Latavius Murray. Para fechar o setor, embora o Saints não tenha investido em WRs e TEs nos últimos anos (com exceção de Michael Thomas), parece que tudo vai de vento em poupa. Os touchdowns foram de: Deonte Harris (WR undrafted), Juwan Johnson (WR undrafted transformado em TE), Chris Hogan (WR undrafted, lacrosse Penn State legend) e Alvin Kamara. Vale a pena destacar a boa partida de Adam Trautman que, junto com Juwan, lembram o torcedor o quanto é bom ter TE.


Em segunda análise, vamos papear sobre a linha defensiva, que simplesmente não deixou Aaron Rodgers respirar em paz – o que teria sido mortal para nós. Foram 2 sacks e 7 QB hits, pode até parecer pouco analisando as estatísticas, mas quem assistiu o jogo sabe o quanto essa atuação foi fundamental para o resultado. Isso porque, quando Rodgers teve tempo, a marcação da secundária estava bem montada, forçando-o a jogar a bola fora em alguns momentos.


Sobre a secundária, quero ressaltar Marshon Lattimore que durante a partida lesionou o polegar e teve que ser atendido, o que parece ter mudado completamente a energia naquele momento do jogo, mas seu simples ‘voltar para a sideline’ parece ter colocado os astros de volta ao lugar – minha visão pessoal, você ache o que quiser. Sobre a lesão, ele teve que passar por cirurgia e deve perder um tempo ainda indeterminado, isso depois de renovar por 5 anos e 97 milhões – dinheiro o suficiente para parar de ser preguiçoso. Paulson Adebo teve uma grande estreia, contando até com uma interceptação, e Marcus Williams vale todos os centavos da franchise tag – sem ressentimentos com o menino, ok?


Quais são minhas conclusões?

A partida positiva do Saints se deu por conta da profundidade que o elenco tem – eu sei que te disseram que não teríamos mais isso, mas não acredite nessas pessoas. Mesmo com algumas perdas no decorrer do jogo e com nomes que não foram relacionados, seja por suspensão ou lesão, a qualidade em campo não diminuiu. Existirão mais problemas? Sim. Teremos peças à altura para substituir? Acredito que sim.

Por último e mais importante: o New Orleans Saints funcionará sempre que a OL/DL estiverem bem. Eu sei que todo ano o torcedor fica bravo porque gastamos nossa pick de 1º round em um dos dois setores, sempre em um cara projetado para o 2º round, mas é assim que Mickey Loomis e Sean Payton trabalham – está funcionando, não está? Agora imagine se um dia a OL colapsar e Winston tiver que ficar sob pressão a cada snap, sem sentir confiança... outro time completamente diferente. Imagine a DL não conseguir pressionar, quanta responsabilidade recai para a fraca secundária? Espero que a Giovanna do Draft 2022 relembre dessas palavras!


Em um dia você é o arqueiro e no outro dia a presa.


New Orleans Saints x Carolina Panthers – It’s time to go

Quando você vira torcedor do Saints, uma das condições é abdicar da sua felicidade, pois não há dois dias de paz seguidos. No próximo domingo, enfrentamos o Carolina Panthers em Charlotte às 14 horas. Tenho muitas notícias ruins: Lattimore fora por tempo indeterminado, Kwon Alexander e Marcus Davenport na IR (ao menos 3 semanas fora), Erik McCoy, Pete Werner e Chase Hansen fora, Tanoh Kpassagnon, PJ Williams e CJ Gardner Johnson questionáveis e 7 treinadores em protocolo contra a COVID 19.


Ficam muitas perguntas, principalmente sobre o quanto a ausência desses treinadores fará falta, quem jogará como CB2 e quem fechará a dupla de LB com Demario Davis. São muitas dificuldades a serem superadas, por isso, imagino uma partida bem mais equilibrada que a anterior, mesmo que Carolina esteja uma prateleira abaixo de Green Bay – não me surpreenderia nem uma derrota.


A palavra que fica para o Saints daqui para frente é *consistência*. Teria sido esse o jogo fora da curva ou o time vai se provar e manter o nível? Na minha opinião, há talento e profundidade o suficiente para seguir entregando, mas tudo parte de uma atuação das trincheiras. Meus olhos não estão prontos para assistir Winston sob pressão, além de Christian McCaffrey exigir muita atenção, ainda mais sem Kwon. Conseguir manter o controle do relógio correndo com a bola e pressionar Sam Darnold serão dois pontos fundamentais para não passarmos sufoco contra o rival.


Saints entregou um 38x03 sem David Oneymata, Michael Thomas e Ken Crawley. Para a semana 2, já vimos quantos desfalques teremos. Seremos resilientes novamente por NOLA ou seremos apenas um delírio coletivo de abertura? Como meu grande amigo sempre gosta de me relembrar “it’s a maraton, not a sprint”, por isso seguirei por aqui acompanhando com você a trajetória desse time, seja qual for o destino.


“You wished for it. Me, I worked for it.” Russ

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