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Sobre mim

Meu nome é Giovanna e tenho 21 anos. Sou formada técnica em mecânica pelo Instituto Federal de São Paulo e atualmente curso Bacharel em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC, junto com Neurociência e Engenharia Biomédica. 

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Writer's pictureGiovanna Sociarelli

O impacto das redes sociais no recrutamento da NCAA

O Draft 2021, evento mais esperado pós Super Bowl, está quase chegando! Ele será realizado em Cleveland dos dias 29 de abril a 01 de maio. Mas não é para fazer mock drafts e nem trazer informações sobre prospectos que estou aqui. Você deve imaginar que o processo de chegada na NFL é duro e complexo, mas, antes de sequer ter a chance de entrar para a liga, os milhares de meninos que jogam futebol americano no país têm que ser recrutados por algum time da NCAA.

Recrutar atletas de alto nível é, sem dúvidas, uma das chaves para entregar times competitivos em campo, que podem ser trabalhados e se tornarem campeões. Dessa forma, o processo de recrutamento é fundamental! Um estudo de 2020 realizado por Marcus Hanson da Universidade de Brock buscou mostrar os impactos da Era das Redes Sociais no trabalho, tanto dos atletas quanto das comissões técnicas. Então, é sobre isso que vamos conversar hoje!

Fonte: Cleveland.com

O fato é de que muita coisa mudou em 20 anos e isso não poderia ser diferente na evolução dos esportes, seja no futebol americano ou outro qualquer. Antes o período de recrutamento envolvia encontros da equipe técnica do time com a família do atleta, além de uma grande necessidade de deslocamento e programação – o que significa dinheiro. As redes sociais vieram para modificar completamente isso, cada dia é mais importante investir em social media, sejam os times ou atletas, sejam profissionais ou amadores.

Na última década, as universidades começaram a usar social media, não só para atrair potenciais atletas, mas para postar notícias, compartilhar resultados, fotos dos estudantes, atletas, mostrar a escola, a atlética e promover eventos esportivos. Eles encontraram no Instagram uma forma de deixar a marca ainda mais forte, mas foi no Twitter que os jovens foram atingidos de verdade.

Dados de 2013 mostram que 98% das universidades americanas têm páginas no Facebook, enquanto 84% são ativas no Twitter. Embora a maior parte delas esteja no Facebook, é no Twitter que o processo fundamental acontece. Outros dados mostram que a maior parte dos treinadores prefere observar seus possíveis jogadores pela rede do passarinho azul. Cada vez mais os programas esportivos das universidades entendem a importância do social media e investem recursos nela.

Claro que o recrutamento envolve muito mais do que apenas a imagem do atleta, mas essa parte é uma das mais importantes. Com o mundo parado por conta da pandemia da COVID-19, as redes sociais serão ainda mais importantes esse ano, pois boa parte do acompanhamento dos times está sendo realizado dessa forma. Com grandes poderes, surgem grandes responsabilidades. Um post com conteúdo inadequado é capaz de encerrar uma bolsa integral de estudos.

A parte positiva de uma conexão tão rápida e efetiva é de que os prospectos, sejam do ensino médio ou da faculdade, são capazes de se autopromover, fazendo vídeos de lances bonitos, tweets sobre ofertas recebidas ou fotos com a camisa de algum time dos sonhos. Milhões de pessoas são capazes de comentar nessas publicações, mostrando suas opiniões e, de alguma forma, influenciar nas decisões das equipes. É possível visualizar que a interação do atleta com os fãs é ainda mais fundamental para o seu futuro.

No entanto, é importante que os atletas compreendam que é necessário proteger suas identidades e suas vidas pessoais, procurando balancear o que é necessário ser mostrado do que é melhor deixar guardado. Um tweet, post no Instagram ou comentário no Facebook pode mudar seu destino no esporte. Um exemplo claro disso é Shedrick McCall III, um grande RB do estado de Virginia. Ele tinha um canal no YouTube para compartilhar sobre sua vida e em um vídeo contou sobre uma invasão que realizou em algum momento, o que resultou em sua bolsa de estudos/esportes ser imediatamente cortada. O que poderia ser uma carreira de sucesso se transformou em nada.

Esse, claramente, não é o único caso. Um exemplo tradicional e que foi muito discutido nas últimas semanas é Laremy Tunsil, que teve uma foto usando alguma substância divulgada durante o Draft. De TOP 3, ele foi caindo no board até a escolha de Miami, que o trocaram com o Texans e, bom, o efeito borboleta nós veremos no Draft daqui menos de 20 dias com a escolha #3 overrall, que foi trocada com o San Francisco 49ers.

Dessa forma, é possível entender o papel da rede social em 3 pontos: 1) ‘informar’ porque ajuda os fãs a entenderem melhor a vida pessoas dos atletas, 2) ‘interagir’ o que pode ajudar na conquista de novos fãs e 3) ‘inspirar’ porque os atletas veem a necessidade de treinar mais, enquanto os fãs enxergam a necessidade de incentivá-los. É uma conexão que pode trazer efeitos positivos para ambos os lados, desde que usado com consciência.

A verdade é que a revolução tecnológica mudou muitas coisas e esses efeitos tendem a continuar acontecendo. Jogadores de escolas menores têm agora a chance de mostrarem seu talento para o mundo, o que não seria possível antes. Os atletas podem interagir com seus fãs e quebrarem aquela barreira que a televisão impõe. Assim, o esporte se torna ainda mais atrativo para ambos os lados, além de mais inclusivo para quem não tinha tantas possibilidades antes. Algo que poderia passar despercebido por nós, pode fazer a diferença na vida de alguém. Do outro lado da tela batem corações que podem ter encontrado uma nova oportunidade agora!

“A tecnologia não pode ser nossa senhora, tem que ser nossa serva. Sempre que algo é do nosso uso nos possui, isto é, domina o nosso cotidiano, esgota nosso tempo, devora nossa condição de convivência, existe algum malefício.” Mario Sergio Cortella

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