top of page

Sobre mim

Meu nome é Giovanna e tenho 21 anos. Sou formada técnica em mecânica pelo Instituto Federal de São Paulo e atualmente curso Bacharel em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC, junto com Neurociência e Engenharia Biomédica. 

Receba em primeira mão!

Obrigada por se inscrever

Writer's pictureGiovanna Sociarelli

New Orleans Saints 2021… Ready for It?

Para a tristeza de todo fã de NFL, a Era Drew Brees acabou. Assistir a aposentadoria de um ídolo não é fácil, ainda mais para mim que sempre tive nele um exemplo de lealdade. No entanto, preciso aceitar é que não haverá outro #9, ele será eterno e único. Foi símbolo da reconstrução da cidade após o Furacão Katrina, mostrou ao povo da Louisiana que a vida não é sobre como viver em uma tempestade, é sobre aprender a dançar na chuva, colocou um sorriso no rosto das pessoas e aprendeu junto com elas o verdadeiro significado da palavra resiliência. O Saints confiou em Brees no pior momento de sua história, e o Brees confiou no Saints no pior momento de sua carreira. Ambos, desacreditados, cresceram juntos, chegando até mesmo à conquista de um Super Bowl – os 15 anos mais vencedores da franquia.

Fonte: Getty Images.

Passado esse meu momento completamente melancólico, a grande questão agora é: o time deixará de ser um vencedor? Claro que a aposentadoria dele muda completamente os rumos da franquia, porém, cabe ressaltar que o que foi construído em 15 anos não foi apenas em cima dele – sem descartar nenhum mérito do meu idoso favorito. Existe um homem que ainda é capaz de resgatar minhas esperanças: Sean Payton. Na minha visão, talvez um pouco clubista, um dos grandes head coachs da atualidade, que costuma ser excelente no quesito “chamar jogadas”, além de conhecer e saber aproveitar as armas que tem na mão.

O mais interessante (e trágico) nessa história toda é que a Era Brees começa com o Furacão Katrina. A nova era, que eu não sei bem para quem entregar ainda, tem início com o Furacão Ida. Uma vez Jeff Novak me disse uma bela metáfora sobre o Saints: ele é o farol que guia o povo de New Orleans. Foi assim em 2006 e voltará a ser assim agora. Você pode esperar qualquer coisa do Saints, é uma opinião pessoal sua, mas você não pode esperar encontrar um time sem vontade, porque ele é novamente a força para que sigam em frente – eu disse que ia parar de ser sentimental e claramente falhei, não me culpe por isso, esse time é minha vida. Voltemos para o objetivo!


Ataque: Look What You Made Me Do

Como boa sofredora, começarei pela parte ruim para depois dar esperança a quem quiser comprar. Jameis Winston (eu espero não ter que repetir sobre as acusações de assédio) assume a vaga de QB1 – se alguém te disse que existia uma disputa com o Taysom Hill, essa pessoa te enganou, desculpa. Ele não foi pick #1 à toa, existe talento nele sim, mas não foi o que demonstrou durante seus anos de Tampa Bay Buccaneers. Uma soma de fatores contribuiu para seu fracasso: o esquema vertical de Arians, problema nos olhos, decisões burras e precipitadas. Após a operação, o que espero é ver um playbook o qual destaque suas qualidades e que não o exponha excessivamente, o que deve ser suficiente para parar essa máquina de turnovers chamada Winston – força no braço ele mostrou que tem, falta agora provar que tem precisão.

O que eu posso dizer sobre a linha ofensiva? Ela é meio de lua, tem dias que é ótima e tem dias de peneira, mas o Andrus Peat é ruim sempre, ao menos há uma consistência. Brincadeiras (ou não) à parte, esse setor tem nomes extremamente competentes: Terron Armstead, Erik McCoy, Cesar Ruiz (ainda precisa se provar) e o gigante Ryan Ramczyck. Vale a pena ressaltar que são os mesmos do ano passado, algo positivo, pois já têm certo entrosamento, além de uma possibilidade de melhora com Ruiz. O negativo é a presença e o contrato do Peat mesmo.

Não dá para lançar e receber, não é mesmo, Gisele? E é aqui que mora o problema: corpo de recebedores. O Saints foi completamente displicente com isso nos últimos anos, o que foi muito mascarado pelo ano de OPOY de Michael Thomas. No entanto, com uma lesão eterna no tornozelo, o estrelinha deve perder ao menos 5 jogos, o que joga toda a responsabilidade para o undrafted Marquez Callaway, que tem talento o suficiente para vir em breakout season – se a Mina Kimes pediu desculpas para ele, quem você acha que é para não se reder ao hype? Outra possibilidade aqui é Deonte Harris, que tem como principal qualidade a velocidade, porém eu o esperaria aparecendo mais apenas como retornador. Vale ressaltar que o time cortou Emmanuel Sanders para economizar gastos e entrar no cap.

Vou contar uma coisa para você, acho que Sean Payton ainda não superou o Jimmy Graham. Mais um setor sem investimento na equipe é o corpo de TEs, que vê suas esperanças nascerem no segundanista Adam Trautman (o homem bloqueia y bloqueia, é lindo de ver, tá?). Quem eu espero que apareça como TE2 é Taysom Hill. Não aguento mais esse papo de canivete suíço, na minha humilde opinião, já passou da hora dele aceitar que é TE e pode, no máximo, jogar no special team.

Até agora foram notícias ruins demais e notícias de boas de menos. Portanto, deixei o melhor para o final: deus grego perfeito maravilhoso amor da minha vida Alvin Kamara. Suas qualidades e sua necessidade na equipe dispensam apresentações, ele vem para ser o 0800 desse ataque, correndo ou recebendo passes em screen – que Nossa Senhora das Lesões proteja esse menino.

Você pode estar se perguntando “qual a moral da história, Giovanna?”. Então eu te digo, esse aqui é um setor com talento e com nomes que, se usados corretamente, podem render o suficiente para ganhar jogos com você, mas nada que ganhe jogos para você. Duas coisas são extremamente necessárias para esse andamento razoável a) que Winston cuide bem da bola e b) que Kamara fique saudável. Winston tem uma única chance de provar que ainda pode ser titular na NFL, pois trabalhou o suficiente para merecê-la*.

*Essa é minha opinião analisando o time, pessoalmente eu o preferiria longe da liga.


Defesa: King of My Heart

Quem acompanhou o Saints de 2009-2017 sabe que foram temporadas de ataques ótimos e defesas pífias, chegando ao ponto de o time quase perder um jogo em que Brees lançou 7 touchdowns (2015 contra o Giants). Talvez por isso o setor defensivo tenha recebido tanta atenção do front office, transformando-se no carro chefe.

Novamente começo pela parte ruim: secundária. Em questão de safeties, estamos bem servidos com Malcolm Jenkins, Marcus Williams e CJ Gardner Johnson (aposto que vai ser expulso nos 17 jogos com essa nova regra de tauting). O perigo mora nos cornerbacks ou, no caso, na falta deles. Marshon Lattimore é o jogador mais preguiçoso que eu já vi, só quer jogar direito contra WR elite, marca os demais que nem a cara dele. E CB2? Bom, com a saída de Janoris Jenkins, não existe. Atualmente temos o calouro antivax Paulson Adebo, Trufant Desmond e Bradley Roby, ainda não tenho opinião formada sobre, só espero que sejam melhores que o Eli Apple.

O restante da defesa continua impecável como esteve temporada passada. Perdemos apenas Sheldon Rankins (passava mais tempo no departamento médico que em campo) e Trey Hendrickon (bateu recorde de sacks muito por conta do conjunto de pressão que é esse front seven). Se você acha que estou mentindo a usar adjetivos positivos, vou listar aqui os homens: Cameron Jordan, Marcus Davenport (buscando sua última chance), Carl Granderson (podia estar preso), Shy Tuttle, Demario Davis, Kwon Alexander, Pete Werner e Zack Baun.

Aqui é onde moram as vitórias que o Saints terá. O maior problema é que a defesa sempre começa o jogo displicente e vai se ajustando com o decorrer da partida. Se eu fosse capitã, já avisaria que esse ano esse tempo não vai existir, a chave é entrar focado o tempo inteiro. Qualidade tem, demonstrou no ano passado em todas as partidas, até na derrota contra o Chiefs. Inclusive eu arriscaria dizer que o setor tem margem para melhora, basta querer – e confiarei em Dennis Allen, ele fez por merecer.


Special Teams: Dancing With Our Hands Tied

Queria comentar ainda que o time se despediu do ídolo da franquia Thomas Morstead (P) nessa offseason – alguém contrata ele, por favor. Além disso, Wil Lutz (K) perderá algumas semanas por conta de uma cirurgia. Com isso, assumem os cargos Blake Gillikin e Aldrick Rosas, respectivamente.


Conclusão – End Game

O Saints não é um time apenas com talento no papel. Eu não posso negar que houve uma piora, só o fato de perder o Brees já acentua significativamente qualquer campanha. No entanto, eu não vejo nessa equipe o espírito de último da NFC South, muito menos de TOP 10 times do Draft. As movimentações da offseason foram bem claras: não existe rebuild, o objetivo é vencer e a diretoria confia em Winston para isso.

Se o ataque vai funcionar, é impossível eu te garantir, é impossível saber agora. Pode ser um completo sucesso ou um completo desastre. Porém, eu quero que você veja que existem mais fatores mostrando porque pode funcionar do que ficar preso ao discurso “Jameis Winston e Drew Brees” para provar um ponto do porquê pode dar errado. A defesa tem sim suas fragilidades, eu mostrei aqui a maior delas: CB. Mas o restante não desmoronou, está lá como já esteve antes.

Minha única mensagem aqui é: não subestime o New Orleans Saints. Ele pode ser horrível e toda a minha opinião morrer por terra? Pode sim, é a NFL e estamos todos sujeitos a isso, eu não tenho medo de dizer que errei. Mas eu respiro essa desgraça de franquia todos os dias desde 2018, então prefiro ser mais cuidadosa ao analisar os impactos reais – e depois não diga que não avisei. Dê ao menos uma chance, depois a gente volta a conversar!


Calendário: não é o pior dos cenários, mas também não é o melhor. O time, além da própria divisão, pega a NFC East (Eagles, Cowboys, Giants e WFT), AFC East (Bills, Jets, Patriots e Dolphins), os campeões da North (Packers), West (Seahawks) e AFC South (Titans). Destaque para Tampa (2x), Bills, Packers, Seahawks e Titans, que são times uma prateleira acima, sem dúvida alguma.


Pitaco do Dia: lá vem a campanha que absolutamente ninguém pediu, mas vou dar assim mesmo: 9-8 e Saints brigando por fora por playoffs – dependendo do ano de Cardinals, Bears e Vikings.


Agora eu te pergunto, você está pronto para a Reputation Era?

“You can accomplish anything in life if you are willing to work for it.” Drew Brees


177 views0 comments

Recent Posts

See All

Yorumlar


bottom of page