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Sobre mim

Meu nome é Giovanna e tenho 21 anos. Sou formada técnica em mecânica pelo Instituto Federal de São Paulo e atualmente curso Bacharel em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC, junto com Neurociência e Engenharia Biomédica. 

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Fora de Campo: Aaron Rodgers

  • Writer: Giovanna Sociarelli
    Giovanna Sociarelli
  • Feb 16, 2021
  • 6 min read

Pela terceira vez consagrado MVP, aos 37 anos ele mostra que ainda tem muita gasolina no tanque para ser queimada e muita força de vontade para continuar liderando o Green Bay Packers. No entanto, não foi fácil chegar ao posto de rei do Norte – foram anos de lutas e tentativas, as vezes frustradas, para chegar na NFL como titular. Quem é o verdadeiro Aaron Rodgers? O que as câmeras não mostram?


Fonte: Getty Images

Aaron Charles Rodgers nasceu no dia 2 de dezembro de 1983 (sagitariano) em Chico, Califórnia. Ele é o segundo de três filhos do casal Ed e Darla, mas tem uma relação um pouco conturbada com sua família. Sempre foi apaixonado por futebol americano, um grande torcedor do San Francisco 49ers, que tinha Joe Montana como grande ídolo. Começou a jogar somente no ensino médio, pois antes praticava basquete e baseball.

Rodgers morou durante um tempo em Beaverton, Oregon, onde estrelou pela Raleigh Hills Little League como jogador de baseball. Quando a família voltou para a Califórnia, começou sua carreira como quarterback na Pleasant Valley High School. Ainda em seu ano júnior bateu os recordes de passes, mas isso não foi suficiente para receber uma bolsa de estudos em uma Universidade, pois Chico é uma cidade pequena, logo, não dava para classificá-lo como bom prospecto.

Dessa forma, ele foi estudar na Butte College, entretanto sua estadia durou apenas um ano: seu sucesso como quarterback foi notável e imediato – ganhando uma bolsa na universidade da California, Berkeley. Em apenas 2 anos, bateu recordes de número de passes da universidade e foi um dos finalistas para o troféu Heisman em 2004, chegando ao Combine como um dos melhores prospectos para o Draft.

Fonte: SportsMax

Por ironia do destino ou não, a pick #1 do Draft pertencia ao San Francisco 49ers, o sonho de consumo de Rodgers. Mas, como já dizia o poeta, o mundo é um moinho e os sonhos do jovem Aaron não se concretizaram, uma vez que o time selecionou Alex Smith, deixando Rodgers de coração partido e até mesmo, ainda hoje, um pouco amargurado – além da vergonha por ter deixado clara sua paixão pela Forever Faithful.

Na espera por sua seleção, ele pensava que não tinha valido a pena todo o trabalho em que tanto tinha se dedicado. Então, na pick #24, ele foi a escolha do Green Bay Packers, time em que está até o presente momento. Percebeu que era o momento de abandonar a decepção que o 49ers havia trazido, agarrar essa nova oportunidade e fazer o melhor que pudesse.

Chegou em sua nova casa para ser reserva de ninguém menos que Brett Favre, um dos melhores quarterbacks da história. Sobre ele, na época, Rodgers disse: “draftar um quarterback no primeiro round é uma declaração, todos sabemos isso. Favre tem que lutar para mostrar que ainda é o melhor quarterback”.

Como consequência das decisões do time, a relação entre Favre e Rodgers não foi boa, afinal, o veterano se sentia ameaçado com a presença do calouro, sabendo que essa era uma preparação para o futuro. Aposentou-se em 2007, mas seu papel como mentor foi essencial para preparar Rodgers. A vida sem Favre ficou muito pior para o novo quarterback, que se tornou o vilão da franquia e recebeu diversas ameaças, enquanto só tentava fazer seu trabalho – algo que ele não compreendia a razão.

Em 2009, o time foi para os Playoffs com o Rodgers sendo escolhido para o Pro Bowl, começava, finalmente, sua carreira de sucessos. Em 2011, venceu a NFC Championship e o 1º Super Bowl da carreira, além de MVP da partida. De jogador jogado aos lobos, crescendo nas sombras, desprezado e humilhado, passou a ser o centro das atenções e dos holofotes

Outro episódio marcante de sua carreira, que sempre valerá a pena ser destacado, é o Milagre de Detroit em 2015. O relógio estava zerado, Green Bay só teria mais um snap e o jogo acabaria. Rodgers recebe a bola, “joga para o alto e reeeeezaaaa”. Toooochdown Paaaackers (obrigada Everaldo Marques por essa narração). Hoje o jogador é conhecido por ser o mestre da Hail Mary, jogada que utilizou para ganhar essa partida.

No Draft 2020 algo do passado tornou a acontecer: Jordan Love, quarterback, selecionado na pick #26 pelo Green Bay Packers. Sobre isso, Rodgers declarou estar surpreso, mas respeita a decisão e enxerga que a franquia está pensando no futuro. Ele também demonstrou estar ansioso para trabalhar com Love. Estava tão ansioso que fez uma das melhores temporadas da carreira para mostrar quem manda: mais uma vez MVP, colecionando agora 3 desses prêmios. Enquanto ele sentir que pode jogar em alto nível e seu corpo se sentir bem com isso, ele estará dentro de campo – sem deixar claro se será em Green Bay ou outro lugar.

Família

A relação de Rodgers com sua família é, aparentemente, conturbada – ao menos é essa a imagem que a imprensa americana vende. Quando o jogador assumiu relação com Olivia Munn (2014-2017), sua família não aprovou o relacionamento, o que gerou uma briga com seu irmão Jordan. Em entrevista, Jordan disse que não mantinha relação com o jogador. Seu pai também confirmou à imprensa que Aaron é um estranho para a família desde 2005, mas o jogador se recusa a falar sobre o drama de sua família em público.

Fonte: Nicki Swift

Em janeiro de 2018 ele começou a namorar Danica Patrick, que era sua amiga desde 2015. O casal fez, desde então, muitas aparições e demonstrações de amor em público. Em julho de 2020, a separação foi anunciada. Mas, você achou mesmo que ele iria ficar solteiro muito tempo? Claro que não! Em seu discurso de MVP no começo do mês, ele assumiu que vai CASAR com Shailene Woodley, atriz de Divergente e A Culpa é das Estrelas.

Afinal de contas, quem é Aaron Rodgers?

Confesso que nesse ponto da história, se eu já gostava do Rodgers, agora estou completamente apegada e vou tentar mostrar aqui o porquê.

O menino menosprezado finalmente cresceu e, aos olhos da sociedade, venceu. Já participou de Pro Bowl, ganhou um Super Bowl e trouxe marcas inesquecíveis para Green Bay e a NFL, sem dúvidas um HOF. Mas o que ele pensa sobre ele mesmo?

Após ganhar o Super Bowl, ficou feliz, como qualquer um teria ficado, todavia, acima do sentimento de vitória, ele começou a questionar a si mesmo. Se ele já havia chegado ao topo, o que mais poderia lhe motivar? A troca de como as pessoas o viam, de insuficiente e incapaz para a estrela com certeza influenciou essa reflexão. Nesse momento, ele começou a questionar seu interior, suas ações, quem ele era como pessoa, o que buscava, o que era sucesso e seus dogmas religiosos.

Ele cresceu dedicado à igreja por conta de seus pais devotos, mas nem sempre aceitou todos os dogmas. Essa falta de aceitação rondou sua cabeça durante anos. Apenas após ganhar o Super Bowl, ele começou a ter contato com novas origens e procurar novas interpretações para a Bíblia. Hoje ele não se identifica com nenhuma igreja. Também não se identifica com nenhum partido político, mas mantém o seu papel de civil sempre presente, votando em todas as eleições. Acredita que alguns temas são maiores do que ideologia política, mas sim um dever como seres humanos.

O jogador ainda critica a NFL em relação a NBA, pois os atletas da liga de basquete têm mais liberdade em relação a opiniões públicas. Mostra sempre interesse para usar sua posição de destaque no esporte para o sindicato dos atletas. Rodgers também apoia os protestos pacíficos de ajoelhar durante o hino nacional, embora não se sinta confortável em praticar o ato. Seus companheiros de equipe gostam de ressaltar o quanto o jogador absorve todos os assuntos (sociais, inclusive) e gosta de conhecer diferentes realidades.

Rodgers possui uma casa em San Diego, mas prefere viver em Los Angeles. Lá ele pode viver uma vida quase normal, sem ser perseguido pelos fãs ou jornalistas. Gosta da cidade pelas pessoas tranquilas e por elas não se surpreenderem com sua presença. “Elas encontram pessoas mais famosas do que eu todos os dias” disse em entrevista. Também ressalta a parte ruim da fama: perder sua privacidade e ter muita pressão sob seus relacionamentos pessoais.

Aaron é cauteloso, mede suas palavras para responder entrevistas, sabe que o momento diz muito sobre o conteúdo do que se fala, gosta de ser discreto, não fala sobre sua família, tenta não se importar com o que os outros pensam, mas detesta as falsas impressões de que a mídia passa sobre os famosos – especialmente sobre ele: parece ocorrer uma necessidade maior de mostrar um homem arrogante e presunçoso.

Mesmo sendo extremamente competitivo, ele não vê como uma grande necessidade a conquista de mais um Super Bowl. Não há dúvidas de que isso é algo de que ele gostaria, mas não é uma coisa com a qual ele demande energia em preocupação. Assim como no campo, fora dele Rodgers é calmo, compenetrado e cauteloso. Ao que tudo indica, é uma pessoa que sempre busca adquirir novos conhecimentos e busca se tornar melhor, ignorando muitas vezes explicações públicas.

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Taynná

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